Relatos do
Encontro de Mamulengo-SP Por Daniela Landin
Ainda na quarta-feira, a companhia Caçuá de Mamulengos, do
Rio Grande do Norte, apresentou O Barbeiro Nozin e o Cabra que Queria Ser
Hemo, divertida narrativa sobre um encontro de gerações, personificadas, de
um lado, pelo barbeiro, e de outro, por Mané Bonitinho, o rapaz que deseja ter
um cabelo “hemo”. Mantendo situações e personagens tradicionais, como o
conhecido Cabo 70 (que chega num carro de “puliça”) e as pancadarias em que ele
geralmente se envolve, o trabalho traz uma história cheia de singularidades. O
espetáculo é repleto de piadas que estimulam o envolvimento na brincadeira,
como a referência à possível semelhança entre um boneco feio e José Serra,
acertando na iniciativa de satirizar o político. Um momento engenhoso é aquele
em que o barbeiro, cortando o cabelo do “cabra”, arranca partes do tecido
fixados com velcro na cabeça do boneco. A cada pedaço, o público se surpreendia
e gargalhava. O brinquedo, já careca, recebeu inúmeros apelidos de quem
acompanhou cada passagem da apresentação e se sentiu convidado a participar
dela.